segunda-feira, 11 de julho de 2011

SABEDORIAS E PATETICES DA FLIP

Identifico-me com Antonio Cândido, que só lê os antigos e
ainda usa máquina de escrever.
Compreendo a irritação do velho Claude Lanzmann, (com quem há muitos anos dialoguei ao telefone, em busca de Simone de Beauvoir). Fazendo perguntas capciosas, sobre temas paralelos, os jovens jornalistas só desejam jogar luz sobre si mesmos.
Na contra-mão, esse Valter Hugo Mãe, que tirou "lágrimas" da platéia e insiste em grafar tanto seus títulos como o próprio nome em minúscula por "uma ligação mais direta com a oralidade e uma espécie de humildade gráfica". Oh céus! Quanta "inovação"! É como aquelas escritoras novas americanas que grafam o I de "eu" em minúscula para "tirar a importãncia do sujeito".E o jornal obedece, fascinado, a nova regra do jovem escritor, e grafa seu nome em título enorme, todo em minúscula. Enquanto isso, continuam insistindo em não chamar a presidenta de presidenta! Lembro-me de outro velho, que ante as perguntas de um jovem ator sobre "laboratório", ele responde: why don't you try just to act? Lawrence de Olivier. Eu digo: por quê esses inventores de ´coisas ridículas simplesmente não tentam...escrever?
Parece que estou muito radical, pró-antiguidade? Não. Estou lendo um livro maravilhosamente escrito, de forma criativa, inovadora pra valer, The Girl Who Fell From the Sky, de Heide W. Durrow. Em portugues deverá ser A Menina que caiu do Céu -- isso, se tiver sorte de não ser publicado pela CosacNaif, que traduziu pool, num conto de Virgínia Woolf por poço.

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